Campanha SOS Matriz

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

QUAL É O TEMPO QUE VOCE ESTÁ VIVENDO ?

090211Todos nós sabemos que: “Para tudo há momento, e tempo para cada coisa sob o céu: tempo de dar à luz e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de destruir e tempo de construir; tempo de chorar e tempo de sorrir; tempo de lamentar e tempo de dançar; tempo de atirar pedras e tempo de juntar pedras; tempo de abraçar e tempo de evitar o abraço; tempo de procurar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora; tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de falar e tempo de calar” (Ecle 3,1-7).
Qual é o tempo que você está vivendo hoje? Precisamos ter a sabedoria de identificar cada período da nossa vida, para podermos vivê-lo bem. Cada tempo traz para nós uma graça própria e um ensinamento de vida; isso leva-nos a um constante amadurecimento e a uma profunda intimidade com Deus, quando dispomos o nosso coração ao louvor e à ação de graças, principalmente nas ocasiões mais difíceis. Tudo é por um tempo determinado, porque tudo passa, só Deus é eterno.
Permaneçamos no Senhor em todos os tempos da nossa vida.
Jesus, eu confio em Vós

PECADO PERDOADO PECADO ESQUECIDO


Muitos pais amam profundamente os filhos, mas, mesmo entre estes, é raro encontrar algum que tenha dado a vida em amor ao filho. Jesus fez isso por você! Quando tomamos consciência disso, nos intimados e somos convocados a mudar de vida.
Quais são os tesouros que você carrega? Todos nós carregamos o sagrado, trazemos o céu dentro do nosso coração. Deus nos diviniza por meio de Jesus Cristo. Quem está no Senhor, o passado desaparece, não tem importância. O que aconteceu no seu passado já foi cortado.
Trazemos em nós a capacidade de reconciliação porque o Espírito Santo está em nós. E isso acontece no sacramento da confissão. A pessoa bem-sucedida está onde está porque fez escolhas certas, investiu, não é por sorte. O mesmo tem que acontecer conosco se quisermos chegar ao céu. Precisamos trabalhar para isso! Enquanto o erro nos faz fracassar nas coisas, o pecado nos faz fracassar no que a gente é.
Quando o ser humano se afasta do bem, ele fracassa. Deus não leva em conta os seus pecados por causa de Jesus que o amou. Quando você os confessa, o Senhor não lembra mais dos seus pecados passados.
Pecado perdoado é pecado esquecido. Se Deus não lembra, por que você precisa ficar lembrando? O Senhor não anota todos os nossos pecados em um caderno, para jogá-los na nossa cara quando morrermos. Quando o Pai nos vê, enxerga-nos lavados pelo Sangue de Cristo.
Liberte-se disso que faz mal a você! O pecado não nos deixa avançar. Você não conseguirá ser bem-sucedido como pessoa enquanto não permitir que o Senhor liberte seu coração de todo o pecado. Você até pode ser bem-sucedido no trabalho, materialmente, mas no coração não!
Jesus morre e dá a vida por você quando você diz: “Eu acredito, aceito o que o Senhor fez por mim e me arrependo de todos os pecados”. Quando isso acontece, tudo que era velho passa e nós somos renovados. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, deixe-se reconciliar com Deus. Não tenha medo de se desvencilhar do pecado porque o Pai está com você. Amém!

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

ESCOLHIDOS COMO SEMENTES DE UMA NOVA GERAÇÃO



Se você soubesse que foi escolhido para uma seleção de futebol, de vôlei ou de basquete, com certeza não estranharia as exigências dos treinadores: a indicação de não beber, de não fumar, de ter uma alimentação adequada, noites de sono, e tantos exercícios físicos.

Deus nos escolheu como semente de uma nova geração, e por isso está se esmerando na preparação dessas sementes, para que nenhuma delas se perca. Quando semeamos sementes velhas, mal selecionadas, num canteiro bem preparado, podemos regar e tomar todos os cuidados, mas, infelizmente, a maior parte delas não nascerá. Deus Pai não quer que isso aconteça conosco.

Deus Pai quer produzir uma geração de homens e mulheres novos. Sabendo disso, o demônio quer exterminar a riqueza da humanidade: a nossa juventude. O maligno quer exterminá-la com o sexo desregrado, a bebida, as drogas e as consequências todas que vêm daí. Talvez você tenha entrado por esses caminhos errados. Volte! Faça uma boa confissão. Recomece tudo de novo. Você é capaz de permanecer na graça de Deus. É necessário ser coerente. O Todo-poderoso lhe dará forças para superar, mas é preciso força de vontade: decisão. E isso cabe a você.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SE O PECADO VEM PELA ESQUERDA , FUJA PELA DIREITA !

Os imprevistos sempre acontecem na nossa vida, não tem como controlar tudo. E, nesse período de Quaresma, nosso maior imprevisto é a tentação. A gente não a planeja, ela simplesmente aparece. Essa passagem de hoje é a receita que Jesus nos dá para saber lidar com as tentações do dia a dia.
E fique atento porque a tentação sempre aparece como algo prazeroso. No deserto, depois de 40 dias e 40 noites, o demônio oferece pão para o Senhor. Você acha que Ele não estava com fome? Estava! O “encardido”, como dizia o saudoso padre Léo, sabe muito bem nossos pontos fracos e age neles. Mas, Jesus superou as tentações, logo, nós também podemos com Ele!
A oração é a primeira arma contra a tentação, seguida do jejum. Na sexta-feira meditamos sobre o Jejum, até contei um testemunho muito lindo de um médico que jejuou 40 anos por uma outra pessoa. A terceira alternativa que o Senhor nos apresenta é a leitura da Palavra, acreditar em Deus.
Com certeza na sua vida, assim como na minha, há um propósito. Para alcançá-lo precisamos fazer memória desta passagem a fim de que superaremos as tentações. Diante da tentação, Deus permite que a gente tome a decisão. Para combatê-la, precisamos tomar atitudes drásticas. Nessa passagem, Jesus nos mostra que lidou com ela com firmeza.
Não podemos compactuar com o inimigo de Deus, não brinque com a tentação! Se o pecado vem pela esquerda, fuja pela direita! Se no seu namoro começou com uns amassos, porque continuar alimentar seus hormônios?
Nosso Deus é o Deus da vitória e quer nos dar a vitória também. Para alcançar isso, siga as dicas de Jesus. Eu não sei qual é a tentação que se apresenta na sua vida hoje. Mas, acredite, o Pai está com você e quer ajudá-la. Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Alexandre de Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

COMO DEMONSTRAR AMOR ?

luzia_090309 Cada um tem uma maneira de amar e demonstrar esse sentimento; por isso precisamos ficar atentos aos gestos do outro e acolhê-los, pois alguns expressam carinho escrevendo um bilhetinho, outros dando uma flor, muitos o manifestam por meio de um sorriso, de uma palavra amiga, dando um presente, demonstrando atenção ou até mesmo fazendo o exercício de escutar o irmão. E de tantas formas nós podemos demonstrar amor e fazer felizes as pessoas com as quais convivemos ou que passarão momentaneamente pela nossa vida.
O Evangelho narra-nos hoje que: “Maria, a irmã de Lázaro, derramou quase meio litro de perfume de nardo puro, e muito caro, e ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos” (Jo 12,3). Foi um gesto carinhoso que ela teve para com Jesus, atitude aprovada pelo Senhor. Judas, um dos apóstolos, a criticou, mas ela o fez porque amava profundamente o Senhor.
Cada um é único na sua maneira de amar e agir, não nos cabe criticar os outros porque não se encaixam dentro dos nossos padrões.
Senhor, ensina-nos a acolher todos os nossos irmãos sem preconceito, mesmo que não compreendamos os gestos deles, como o Senhor compreendeu o gesto de Maria.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Jesus, eu confio em Vós

PORQUE VIEMOS AO MUNDO ?


Amar é nossa missão primeira aqui na terra
Tudo começou assim: recebi um e-mail de uma jovem pedindo-me ajuda, pois precisava falar a um grupo a respeito da missão que assumimos neste mundo, e não sabia por onde começar. Foi interesante, porque era justamente sobre isso que eu havia refletido durante o “estudo da Palavra” naquela manhã. A partir do Evangelho de João 7, respondi-lhe, com base em minha reflexão, mais ou menos o que partilho aqui.
Podemos partir do princípio de que somos filhos amados de Deus, criados por Ele, com amor e para amar. Digo inclusive para você que tem uma história difícil e sabe por exemplo que não foi esperado por seus pais; também nesse caso, a afirmativa não muda: Deus o quis! Por isso foi além da razão e dos planos humanos e o criou por amor. Consideremos ainda que, ao nos criar, o Senhor imprimiu em nosso ser o desejo de amar e ser amados, porque Deus é amor e nos fez à Sua imagem e semelhança. Fazer essa decoberta fundamenta a nossa fé e dá mais sentido à nossa existência.
Jesus Cristo, o Homem mais famoso da história, impressionava multidões com Seus discursos e Suas obras, porque Ele sabia que era amado pelo Pai. Sabia de onde veio, qual Sua missão neste mundo e para onde iria.
Portanto, creio que, como cristãos, uma de nossas prioridades, antes de pensar em realizar uma determinada missão, é descobrir quem somos diante de Deus, de onde viemos e para onde vamos. Com essa experiência, certamente vamos perceber também que amar é nossa missão primeira aqui na terra. Missão que pode ser expressa de várias maneiras, seja nos papéis que assumimos, seja nos relacionamentos que temos e em tudo mais que a Divina Providência nos permitir viver. No entanto, a essência do chamdo não muda: Deus nos criou para amar.
Por isso vai aqui uma dica: se hoje você percebe a necessidade de assumir uma missão, seja ela qual for, procure antes refletir sobre quem é você. Volte às suas origens, acolha sua história, por mais difícil que esta seja e reconcilie-se com ela. Sua história é seu alicerce. Lembre-se de que, na raíz da sua criação, está a iniciativa amorosa de Deus. Procure também rever sua vida hoje; analise suas atitudes, seus relacionamentos e suas escolhas, sempre considerando que Deus o criou para o amor. Reflita ainda a respeito das suas metas para o futuro, seus sonhos e ideais, lembrando que, neste mundo, tudo é passageiro e o que conta no final é o que somos e não o que fizemos.
Aliás, corremos o sério risco de passar a vida fazendo coisas e nos esquecendo de sermos pessoas; e o que nos leva, muitas vezes, a isso é justamente o acúmulo de atividades que assumimos, algumas até desnecessárias. Assim, naturalmente, lidamos com a pressa e a falta de tempo para quase tudo, inclusive para nos relacionarmos com nós mesmos, o que é fundamental para uma vida sadia.
Por incrível que pareça, em nossos dias, ter uma agenda preenchida virou "status". É como se isso fosse garantia de utilidade no planeta. Mas Deus nos desafia a irmos além. O cristão precisa ter consciência de que não vale pelo que faz, mas sim pelo que é. Se para expressar o amor de Deus às criaturas, ele realiza obras neste mundo, ótimo. Conhecemos inúmeros testemunhos de pessoas que se tornaram imortais por seus benefícios expressos em obras. Mas pode observar que as obras consideradas imortais geralmente têm como base o amor.
Recordo-me, por exemplo, de Santa Teresa de Lisieux, ela não realizou grandes feitos aos olhos humanos, nem edificou monumentos, tampouco tinha a agenda “lotada”. Viveu na clausura do Carmelo e morreu com apenas 24 anos. No entanto, foi eleita a Padroeira das Missões, doutora da Igreja e influencia até hoje a vida de inúmeras pessoas. Sabe por quê? Porque ela, desde cedo, fez a experiência do amor de Deus e assim descobriu sua missão. Sabia de onde veio, porque estava aqui na terra, e para onde iria. Ela mesma conta-nos, em em sua autobiografia, que desejava fazer muitas coisas por amor a Jesus, neste mundo, mas teve a graça de descobrir o essencial. "Percebi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça a todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei: Ò Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação... No coração da Igreja minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo".
Quem dera cada um de nós também possa fazer essa experiência e, assim, encontrar o rumo certo para nossa missão como peregrinos aqui na terra. Já que fomos criados por amor e para amar, procuremos amar concretamente hoje. Como? Deus mesmo nos mostrará.
Dijanira Silva

domingo, 26 de fevereiro de 2012

REDESCOBRIR A ORAÇÃO

Exercício para alcançar a qualidade de vida

A oração é um exercício fundamental na busca pela qualidade de vida. Nas indicações que não podem faltar, especialmente para a vida cristã, estão a prática e o cultivo disciplinado da oração. É um exercício que tem força incomparável em relação às diversas abordagens de autoajuda, como livros e DVDs, muito comuns na atualidade.

A crise existencial contemporânea, em particular na cultura ocidental, precisa redescobrir o caminho da oração para uma vida de qualidade. Equivocado é o entendimento que pensa a oração como prática exclusiva de devotos. A oração guarda uma dimensão essencial da vida cristã. Cultivar essa prática é um segredo fundamental para reconquistar a inteireza da própria vida e fecundar o sentido que a sustenta.

É muito oportuno incluir entre as diversificadas opiniões, junto aos variados assuntos discutidos cotidianamente, o que significa e o que se pode alcançar pelo caminho da oração. Perdê-la como força e não adotá-la como prática diária é abrir mão de uma alavanca com força para mover mundos. A fé cristã, por meio da teologia, tem por tradição abordar a importância da oração ao analisar a sua estrutura fundamental, seus elementos constitutivos, suas formas e os modos de sua experiência. Trata-se de uma importante ciência e de uma prática rica para fecundar a fé.
A oração tem propriedades para qualificar a vida pessoal,familiar, social e comunitária. Muitos podemdesconhecer, mas ela [oração] pode ser um laço irrenunciável com o compromisso ético. É prática dos devotos, mas também um estímulo à cidadania. Ao contrário de ser fuga das dificuldades, é clarividência e sabedoria, tão necessários no enfrentamento dos problemas. Na verdade, a prece faz brotar uma fonte interior de decisões, baseadas em valores com força qualitativa.

A oração, como prática e como inquestionável demanda, no entanto, passa por uma crise por razões socioculturais. Aliás, uma crise numa cultura ocidental que nunca foi radicalmente orante. O secularismo e a mentalidade racionalista se confrontam com aspectos importantes da vida oracional, como a intercessão e a contemplação. Diante desse cenário, é importante sublinhar: paga-se um preço muito alto quando se configura o caminho existencial distante da dimensão transcendente. O distanciamento, o desconhecimento e a tendência de banir o divino como referencial produzem vazios que atingem frontalmente a existência.
É longo o caminho para acertar a compreensão e fazer com que todos percebam o horizonte rico e indispensável da oração. Faz falta a clareza de que existem situações e problemas que a política, a ciência e a técnica não podem oferecer soluções, como o sentido da vida e a experiência de uma felicidade duradoura. A oração é caminho singular. É, pois, indispensável aprender a orar e cultivar a disciplina diária da oração. Trata-se de um caminhar em direção às raízes e ao essencial. Nesse caminho está um remédio indispensável para o mundo atual, que proporciona mais fraternidade e experiências de solidariedade.

A lógica dominante da sociedade contemporânea está na contramão dessa busca. Os mecanismos que regem o consumismo e a autossuficiência humana provocam mortes. Sozinho, o progresso tecnológico, tão necessário e admirável, produz ambiguidades fatais e inúmeras contradições. Orar desperta uma consciência própria de autenticidade. Impulsiona à experiência humilde do próprio limite e inspira a conversão. É recomendação cristã determinante dos rumos da vida e de sua qualidade. A Igreja Católica tem verdadeiros tesouros, na forma de tratados, de estudos, de reflexões, e de indicações para o cultivo da oração, que remetem à origem do Cristianismo, quando os próprios discípulos pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar”. É uma tarefa missionária essencial na fé, uma aprendizagem necessária, um cultivo para novas respostas na qualificação pessoal e do tecido cultural sustentador da vida em sociedade.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo

A NOSSA LUTA É CONTRA AS CILADAS DO DEMÔNIO

“Armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo das trevas, os espíritos do mal que estão nos céus” (Ef 6,10-12).

Não é contra homens de carne e sangue que lutamos. Não é contra o seu filho, contra o seu marido ou sua mulher. Você está lutando contra forças espirituais do mal. “Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo.” Porque é o diabo que luta contra a sua família, ele quer arrasar com ela e levar todos a um verdadeiro caos nesta vida e depois à condenação eterna.
A nossa luta é contra as ciladas do demônio. “Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas”. Quando se fala de Autoridades, Poderes, Dominadores, são anjos decaídos, demônios que têm autoridade, que têm poder, que são constituídos príncipes no mundo das trevas onde atuam.

Não é apenas contra a infidelidade de um marido que você está lutando, nem apenas contra a neurose de sua mulher, contra o alcoolismo de uma pessoa da sua família ou contra a revolta do seu filho. À frente de tudo isso estão os inimigos de Deus e nossos inimigos. É por isso que precisamos entrar nessa batalha espiritual com as armas certas.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sábado, 25 de fevereiro de 2012

QUARESMA: TEMPO DE VENCER O COMBATE

Este caminho nos levará à santidade


Quero começar o falar sobre o significado e como viver a Quaresma com um trecho do sermão de São Leão Magno, Papa: “Meus caros irmãos, entramos na Quaresma, isto é, em uma fidelidade maior ao serviço do Senhor. É como se entrássemos em um combate de santidade. Então preparemos nossas almas para o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas Aquele que habita em nós é mais forte do que aquele que está contra nós” (Sermão sobre a Quaresma).
Quaresma, além de ser marcada por essa trajetória de caminhada durante quarenta dias, ela representa o período de 40 anos no qual o povo de Deus caminhou no deserto rumo à terra prometida, ou seja, à vida nova. Para o cristão, a Páscoa – Ressurreição do Senhor – é a vida nova prometida.
Quaresma, portanto, é tempo de três realidades: jejum, oração e esmola. Algumas ações concretas devem permear nossa vida durante este período. A vida do cristão deve ser marcada pela volta ao Senhor, isto é, deixar a vida velha de pecado e injustiça e regressar para a salvação, para Deus
Deve ser marcada pela prática-ação concreta de busca pela justiça e penitência. Sem buscar recompensa material, mas santidade e intimidade com Deus. A reconciliação com Deus e o próximo deve mover os corações. A confissão sacramental precisa ser buscada mediante o desejo de conversão e arrependimento dos pecados.
As mortificações neste tempo devem acontecer com sobriedade e firmeza, por isso, devemos buscar em Deus qual a melhor penitência ou mortificação a fazer para rezar mais e melhor. Como sugestão para a caminhada nesse tempo quaresmal, tempo de oração e busca de intimidade com Deus, indico um itinerário para você rezar melhor e compreender sua caminhada espiritual
Pe. Reinaldo Cazumbá

VIVER O HOJE CURA-NOS INTENSAMENTE

Viver o dia de hoje faz-nos bem em todos os aspectos: espiritual, psicológico, afetivo, social…
O Senhor, na Sua infinita sabedoria e bondade, nos ensinou que: “A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 34c), e que “não devemos nos preocupar com o dia de amanhã” (Mt 6, 34a).
Não fiquemos presos às coisas passadas, nem pensando no que ainda virá. Vivamos intensamente o presente: amando, perdoando, ajudando as pessoas, contribuindo com o bem comum e à inteira disposição da vontade de Deus a nosso respeito.
Quando ficamos atrelados ao passado, a ponto de adoecermos, a vida passa e não nos apercebemos nem nos apropriamos das graças próprias deste dia. Vamos hoje ficar bem atentos a cada pessoa que passar pela nossa vida; olhemos para o céu várias vezes; contemplemos a beleza da natureza e os detalhes da vida com os quais hoje a Divina Providência nos presenteará: o sorriso de uma criança, e nascer e o pôr do sol e tantas cenas lindas que alegrarão o nosso coração.
Vivamos o dia que se chama “hoje” em plenitude, sem desperdiçar nenhum momento.
Jesus, eu confio em Vós!!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O INIMIGO QUER QUE VOCE SEJA IMPURO COMO ELE



Há um trono em seu coração, e você o dá a quem quiser. Ou dá esse trono a Jesus, Rei e Senhor, que quer entrar humilde, simples, pobre, com amor, perdão, misericórdia em seu coração e fazê-lo semelhante ao d'Ele ou continua deixando que Lúcifer, o usurpador, o cumule de orgulho, soberba, autossuficiência, riqueza, poder, glória, vícios…
Lúcifer não o quer simples, humilde, pobre; pelo contrário, quer fazê-lo à semelhança dele. Quer seu coração como o dele: autoritário, impuro, maldoso, sensual. Quer tornar você ganancioso como ele.
A quem você dá lugar? Não adianta responder apressadamente: "Pra Jesus, pra Jesus!" Tem de ser uma coisa concreta! Só existem duas opções: um Rei verdadeiro, que é Jesus, e um rei usurpador, que é Lúcifer, o príncipe deste mundo. Ambos estão querendo assentar-se no trono do seu coração. E a verdade é esta: quem cede o trono a um ou a outro somos nós.

Monsenhor Jonas Abib

QUAL A MELHOR COMPANHIA


“Dai graças ao Senhor, gritai Seu Nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para Ele, publicai todas as Suas maravilhas!” (Sl 104).
Certa vez, perguntaram à Madre Teresa de Calcutá qual o segredo para que ela tivesse êxito na sua missão, e ela respondeu que caminhou durante toda a vida agarrada à mão de Nossa Senhora, sem nunca largá-la.
É muito bom termos exemplos autênticos para imitarmos sem receio algum e seguirmos os santos conselhos. Aos pés da cruz Jesus nos deu a Virgem Maria como nossa mãe, por isso não podemos ter receio de levá-la para casa e de entregar as rédeas da nossa vida e da nossa família em suas mãos, porque foi o próprio Senhor quem nos deu a Sua mãe para cuidar de nós.
Seguremos nas mãos da Virgem Maria e deixemo-nos conduzir por ela, porque ela conhece o caminho da vida: Jesus, e não permitirá que nos percamos.
Jesus, eu confio em Vós

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PRECISAMOS SER PODADOS PARA DAR BONS FRUTOS

O Senhor hoje nos pede, por meio dessa passagem bíblica, para permanecermos n’Ele para que brotem muitos frutos. As parábolas contadas por Jesus transmitiam a mensagem do Pai de maneira que todos pudessem entendê-la.
A Palavra de hoje nos faz refletir sobre as podas que são necessárias para darmos muitos frutos e permanecermos em Jesus. Todos os dias nos é dada uma nova oportunidade, devemos aproveitar hoje para conversar com Jesus, nos imaginar olhando para Seus olhos e falando o que estamos vivendo.
Muitas vezes, podemos não entender quando o Senhor faz as podas em nossas vidas, ficamos tristes e choramos como uma parreira de uva chora quando se corta um ramo dela. Mas todas as podas são necessárias.
Você pode se questionar como elas [podas] acontecem. Elas podem ser um cargo que você desejou conquistar, mas que não conseguiu, o rompimento de um namoro e tantas outras coisas que desejou, mas que não lhe foi concedido.
Da mesma forma que uma planta precisa ser podada para que cresçam novos ramos mais bonitos, floresça e dê frutos, é assim que Deus faz conosco. Ele a realiza a limpeza para nos fortalecer e nos tornar melhores. No entanto, só seremos capazes de dar bons frutos se permanecermos em Jesus e seguirmos o Seu mandamento.
Para permanecer em Cristo é preciso que busquemos diariamente a Palavra de Deus, participando da Santa Missa, rezando o terço, pedindo perdão [pelos nossos pecados e aos irmãos], ajudando nossa paróquia ou a Canção Nova, pois dessa maneira somos evangelizados e evangelizamos também.
Jesus nos ordena que amemos, assim como Ele nos ama. O amor infinito de Deus Pai, que ama o Filho, é o exemplo que Cristo usa para demonstrar quão grande é Seu amor por nós.
A videira, o agricultor, os ramos e os frutos são exemplos que Jesus usa para nos dizer que não há outra maneira de sermos bons se não permanecermos n’Ele, se não seguirmos o Seu mandamento, se não quisermos ser lançados ao fogo como um galho sem vida, se quisermos ser verdadeiramente felizes.
Deixe Deus fazer as podas necessárias em sua vida, pois elas são essenciais para que você não se perca no mundo.
Diácono Nelsinho Correa

CELEBRAÇÃO QUARTA-FEIRA DE CINZAS

       CONVERTEI-VÓS E CREDE NO EVANGELHO
 
Com a Celebração das Cinzas, na Quarta-feira de Cinzas, damos início à Quaresma, tempo forte de oração, penitência e jejum. É o tempo forte de conversão do coração humano diante das necessidades dos outros.
Como o próprio nome no-lo diz, são quarenta dias de penitência, os quais nos preparam para a celebração da vitória final da graça sobre o pecado e da vida sobre a morte. Durante estes dias, a nossa oração se torna mais intensa e a penitência mais acentuada. É um período especial de retorno a Deus, de conversão e de abertura aos outros.
A cerimônia de Imposição das Cinzas nos recorda que nossa vida na terra é passageira, que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo vai se converter em pó e que a vida definitiva se encontra no céu. Ensina-nos ainda que os céus e a terra hão de passar um dia. Em troca, todo o bem que tenhamos realizado em nossa vida nós vamos levá-lo à eternidade. Ao final da nossa vida, só levaremos aquilo que tenhamos feito por Deus e por nossos irmãos.
As cinzas são um sacramental, o qual não nos tira os pecados, mas nos relembra a nossa condição de miseráveis, de frágeis e pecadores. E assim, reconhecendo a nossa situação, recorremos ao sacramento da reconciliação. É um sinal de arrependimento, de penitência, mas sobretudo, de conversão. Com essa celebração, damos início à nossa caminhada com Cristo do Jardim das Oliveiras até o triunfo na manhã do primeiro dia da semana, que é o Domingo da Ressurreição.
Quaresma é realmente um tempo de reflexão em nossa vida, de entender aonde vamos, de analisar como está nosso comportamento com nossa família – o marido, a esposa, os filhos, os pais – e todos os que nos rodeiam.
O Evangelho de hoje nos ajuda a entendermos como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum – e como viver bem o tempo quaresmal.
Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração. E faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para ser vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mt 6,1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus. Ao mesmo tempo, Cristo nos oferece um caminho de acesso ao coração do Pai. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer. O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus: “Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”.
Como foi dito anteriormente, este é um tempo de oração que se caracteriza por uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao Seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
É tempo da prática do jejum. O jejum tem certamente também uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos, além da espiritual. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É sobretudo a privação do pecado. O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado pelo maligno muitas vezes para que cedesse ao sucesso, ao domínio e à riqueza. No entanto, a Sua vitória sobre todo o mal, que oprime o homem, inaugurou um tempo novo, um Reino de justiça, verdade, paz, amor e partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas. O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãs excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raça, religião, cor, tribo, língua, entre outros.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para ser mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da língua, etc.; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando vivemos bem o jejum nos convertemos em seres solidários, pessoas que partilham tudo entre todos. Ninguém chamará de “seu” o que possui. Em outras palavras, atualizaremos os Atos dos Apóstolos 2,42, que é a essência do Cristianismo. A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo faz do gesto de ajuda – expresso na esmola – uma partilha fraterna e não algo humilhante.
Quaresma é tempo de dar esmola. E esta nos ajuda a vencer a incessante tentação do egoísmo, educando-nos para irmos ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres que são promovidas em muitas partes do mundo durante o período quaresmal. Desta forma, a purificação interior é confirmada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva.
Hoje a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão. A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, com nós mesmos e com os outros.
E o maior dentre eles é o amor. O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz. Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos sobre os outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a ser vencidos o egoísmo e o orgulho que impedem a generosidade do coração.
Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior e à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa Nova.
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sobre a Quarta-feira de Cinzas

A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos nossa condição de mortais: "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris – Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar" ....
Neste início de Quaresma, procuremos, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que a Liturgia sabiamente nos faz, combatendo o amor próprio com todas as nossas forças. "Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus". (Sto. Agostinho)
Ao receber daqui a pouco as cinzas sobre a cabeça, ouviremos mais uma vez um claro convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: "Convertei-vos e acreditai no evangelho", ou: "Recorda-te que és pó e em pó te hás-de tornar".
Precisamente devido à riqueza dos símbolos e dos textos bíblicos, a Quarta-Feira de Cinzas é considerada a "porta" da Quaresma. De fato, a hodierna liturgia e os gestos que a distinguem formam um conjunto que antecipa de modo sintético a própria fisionomia de todo o período quaresmal. Na sua tradição, a Igreja não se limita a oferecer-nos a temática litúrgica e espiritual do itinerário quaresmal, mas indica-nos também os instrumentos ascéticos e práticos para o percorrer frutuosamente.
"Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos". (Joel 2,12). Os sofrimentos, as calamidades que afligiam naquele tempo a terra de Judá estimulam o autor sagrado a encorajar o povo eleito à conversão, isto é, a voltar com confiança filial ao Senhor dilacerando o seu coração e não as vestes. De fato, recorda o profeta, ele "é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia e se compadece da desgraça" (2, 13). O convite que Joel dirige aos seus ouvintes também é válido para nós.
Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado; encontrando o Senhor experimentamos a alegria do seu perdão. E assim, quase respondendo às palavras do profeta, fizemos nossa a invocação do refrão do Salmo 50: "Perdoai-nos Senhor, porque pecamos". Proclamando, o grande Salmo penitencial, apelamo-nos à misericórdia divina; pedimos ao Senhor que o poder do seu amor nos volte a dar a alegria de sermos salvos.
Com este espírito, iniciamos o tempo favorável da Quaresma, como nos recordou São Paulo: "Aquele que não havia conhecido o pecado, diz ele, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus" (2 Cor 5, 21), para nos deixarmos reconciliar com Deus em Cristo Jesus. O Apóstolo apresenta-se como embaixador de Cristo e mostra claramente como precisamente através d'Ele, seja oferecida ao pecador, isto é a cada um de nós, a possibilidade de uma reconciliação autêntica.
Só Cristo pode transformar qualquer situação de pecado em novidade de graça. Eis por que assume um forte impacto espiritual a exortação que Paulo dirige aos cristãos de Corinto: "Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus"; e ainda: "Este é o tempo favorável, é este o dia da salvação" (5, 20; 6, 2). Enquanto Joel falava do futuro dia do Senhor como de um dia de terrível juízo, São Paulo, referindo-se às palavras do profeta Isaías, fala de "momento favorável", de "dia da salvação". O futuro dia do Senhor tornou-se o "hoje". O dia terrível transformou-se na Cruz e na Ressurreição de Cristo, no dia da salvação. E este dia é agora, como nos diz o Canto ao Evangelho: "Hoje não endureçais os vossos corações, mas ouvi a voz do Senhor". O apelo à conversão, à penitência ressoa hoje com toda a sua força, para que o seu eco nos acompanhe em cada momento da vida.
A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas indica assim na conversão do coração a Deus a dimensão fundamental do tempo quaresmal. Esta é a chamada muito sugestiva que nos vem do tradicional rito da imposição das cinzas, que daqui a pouco renovaremos. Rito que assume um dúplice significado: o primeiro relativo à mudança interior, à conversão e à penitência, enquanto o segundo recorda a precariedade da condição humana, como é fácil compreender das duas fórmulas diversas que acompanham o gesto.
Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência ascética e espiritual. No Evangelho (cf. Mt 6, 1-6.16-18), Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.
Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação e o consenso dos homens, são por Ele aceites se expressam a determinação do coração a servi-l'O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: "ieiunio... mentem elevas: com o jejum elevas o espírito" (Prefácio IV).
O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética, mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis que libertam o crente da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã "armas" espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios.
A este propósito, apraz-me ouvir de novo convosco um breve comentário de São João Crisóstomo. "Como no findar do Inverno escreve ele volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar a nave, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo" (Homilias ao povo antioqueno, 3).
Na mensagem para a Quaresma, convidei a viver estes quarenta dias de especial graça como um tempo "eucarístico". Haurindo daquela fonte inexaurível de amor que é a Eucaristia, na qual Cristo renova o sacrifício redentor da Cruz, cada cristão pode perseverar no itinerário que hoje empreendemos solenemente. As obras de caridade (a esmola), a oração, o jejum juntamente com qualquer outro esforço sincero de conversão encontram o seu significado mais alto e valor na Eucaristia, centro e ápice da vida da Igreja e da história da salvação. "Este sacramento que recebemos, ó Pai assim rezamos no final da Santa Missa nos ampare no caminho quaresmal, santifique o nosso jejum e o torne eficaz para a cura do nosso espírito".
Pedimos a Maria que nos acompanhe para que, no final da Quaresma, possamos contemplar o Senhor ressuscitado, interiormente renovados e reconciliados com Deus e com os irmãos.
Adaptação da Homilia do Papa Bento XVI - Quarta-feira de Cinzas, 21 de Fevereiro de 2007 - Basílica de Santa Sabina no Aventino.

VOLTE AO SENHOR E DEIXE OS SEUS PECADOS



O Senhor está sempre nos chamando para estarmos ao lado d’Ele. Jesus, que é a própria Misericórdia encarnada, nunca desiste de nós; Ele continua batendo à porta do nosso coração até que tenhamos a coragem de abri-la e deixá-Lo entrar para cear conosco. Sempre é tempo de voltarmos para o Senhor.
“Volta ao Senhor e deixa os teus pecados, suplica em sua presença e diminui as tuas ofensas” (Eclo 17,21-22).
Somente ao vivermos próximos ao Senhor seremos capazes de acolher e demonstrar misericórdia por aqueles com quem convivemos e que vêm ao nosso encontro.
Peçamos ao Senhor a graça de ser misericordiosos, compassivos e puros com nossos irmãos como Ele o é.
Clamemos ao Espírito Santo que, neste dia que se chama hoje, renove toda a nossa vida e encha o nosso coração com os Seus dons.
Rezemos: “Ó vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai e enchei os nossos corações com vossos dons celestiais”.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

VAMOS HOJE PEDIR SABEDORIA A DEUS ?

Muitas coisas na vida são importantes, mas poucas são essenciais. Algo de essencial, que não nos pode faltar em nenhum momento, é a sabedoria para que saibamos como agir corretamente em cada situação, das mais simples às mais complexas. Talvez você esteja se perguntando: Como posso adquiri-la? A própria Palavra do Senhor nos responde: “Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e lhe será dada” (Tg 1,5).
Quando pedimos a Deus o essencial, Ele nos concede incondicionalmente.
“O Senhor apareceu a Salomão durante a noite e lhe disse: ‘Pede-me o que queres que eu te dê!’” (I Re 3,5). Ele tinha uma oportunidade inigualável e por poucos conquistada. Poderia pedir muitos tesouros, saúde inabalável, vida longa e próspera. No entanto, ele clamou: “Dá a teu servo um coração que saiba perceber a verdade, para julgar o teu povo e discernir entre o bem e o mal. Pois quem poderia governar este teu povo tão numeroso?” (v. 9). Ao desejar inteligência para praticar a justiça, foi contemplado com o acréscimo do Alto: “um coração tão sábio e inteligente, como nunca houve outro igual” antes ou depois dele (cf. v. 12).
Obrigada, Jesus, porque a Sua bondade nos sustenta em todos os momentos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A oração é a luz da alma

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“A oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável, porque nos põe em comunhão íntima com Deus. Assim como os olhos do corpo são iluminados quando recebem a luz, a alma que se eleva para Deus é iluminada por sua luz inefável. Falo da oração, que não é só uma atitude exterior, mas que provém do coração e não se limita a ocasiões ou horas determinadas, prolongando-se dia e noite, sem interrupção.
Com efeito, não devemos orientar o pensamento para Deus apenas quando nos aplicamos à oração; também no meio das mais variadas tarefas – como o cuidado dos pobres, as obras úteis de misericórdia ou quaisquer outros serviços do próximo – é preciso conservar sempre vivos o desejo e a lembrança de Deus.
A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento de Deus, a mediadora entre Deus e os homens” (Homilias de São João Crisóstomo, bispo – séc. IV).
Peçamos, hoje, a Jesus a graça de estarmos unidos a Ele ao longo de todo este dia e sempre

domingo, 19 de fevereiro de 2012

NÃO SE ENTREGUE AO INIMIGO DE DEUS !



“Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa” (Mc 6,4).

Em todos os lugares o profeta é bem recebido, mas não na sua casa. Mas isso não é motivo para ele ficar com os braços cruzados ou envergonhado. Esse é o tipo de reação que o inimigo espera! Muitas vezes temos a impressão de que quanto mais nos entregamos ao serviço do Senhor, quanto mais trabalhamos para Ele, tanto mais as coisas pioram em casa!

Quantos pais e quantas mães são do Senhor e acabaram vendo seus filhos entrarem nas drogas ou partirem para a revolta... Quantos pais acabaram vendo as filhas tornarem-se verdadeiras garotas de programa...

É isso que o inimigo de Deus quer: desmoralizar-nos! E, desanimados, acabamos entrando no quarto, nos escondendo... e nos desiludindo: “Se na minha casa é desse jeito... o que vou fazer lá fora? Não tenho mais moral!”

Não se entregue! Semeie o Espírito Santo! Leve a “efusão do Espírito” aos membros de outras famílias. E tenha certeza: Deus terá alguém para semear em sua casa o Espírito Santo, para que cada um dos membros da sua família se converta.

Monsenhor Jonas Abib

sábado, 18 de fevereiro de 2012

NÃO PRECISA ME PEGAR ! EU SOU LIVRE PARA AMAR !


“É para a liberdade que Cristo nos libertou. Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão”. (Gál 5,1) “Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade. Porém, não façais da liberdade um pretexto para servirdes a carne”. (Gál 5,13)   Conservar no coração que foi numa entrega total na cruz que Jesus adquiriu a liberdade para cada pessoa, da um ganho quando temos que refletir sobre ‘sermos livres’    Em pleno “carnaval” dizer isso, parece um papo careta, mas é a pura verdade sobre liberdade. Somos chamados a sermos livres com responsabilidade. Tendo a visão de que a liberdade foi conquistada por Jesus na cruz não podemos pôr em risco a vida de pessoas e nem prejudicá-las.Quando vivemos de maneira correta essa riqueza, somos verdadeiramente livres e felizes. Abusar do livre-arbítrio é um jeito irresponsável de viver, portanto saber que somos livres para fazer nossas escolhas e conseguir decidir por aquilo que é certo, significa viver a liberdade canalizada para o bem.É preciso olhar para a realidade dos dias de carnaval: a sociedade é motivada a satisfazer os prazeres da carne; a dobradinha “álcool e sexo” tem sido difundida através da mídia há um bom tempo. Precisamos agir agora para mostrar que outra dupla precisa ser semeada na mente e no coração do ser humano com mais urgência ainda: a liberdade e a responsabilidade.   O dicionário diz que a palavra ‘firme’ significa: fundamentado, estável, estabilidade, constante, permanência e equilíbrio. Agora é tempo de ficar firme no verdadeiro significado de liberdade, caso contrário, ficamos amarrados por aquilo que é apresentado por novela, filme, moda e música; não generalizando, mas existem conteúdos que não conseguem satisfazer a profundeza do coração.Temos que analisar o vazio de algumas letras, que são “sucessos” nacionais e mundiais. A mulher deveria ficar desmoralizada ao ver o homem cantando pra ela com gestos vulgares. Ela não tem que ser pega! Ela é livre ! Livre para amar! Isso é belo! A ‘menina mais linda’ é aquela que sabe escolher o que realmente é bom, sem estar pega/ presa ao que a sociedade apresenta como legal, moderno. É a que sabe dizer não e tem o coração livre para viver simplesmente o que é bom, mesmo que todos digam: ‘“não tem nada de mais”. Estamos presenciando a decadência intelectual e moral de uma sociedade. Estamos cantando  e ouvindo essa decadência! O governo faz a parte dele com campanhas como: “se beber não dirija” e “use camisinha” e mesmo assim as pessoas bebem, dirigem e transam, tudo isso inconseqüentemente, afinal, no carnaval tudo é liberado mas depois da ‘delícia…. delícia’   vem o que? sobra o que? a solidão? o vazio?  Esta desordem é parte de uma mentalidade que vem se difundindo como liberdade; e o carnaval é a sua festa maior, é o momento em que aparentemente a alegria é expressa através deste trio: música, álcool e sexo.   O resultado está  no aumento de acidentes, no consumo desenfreado da pílula do dia seguinte ou nove meses depois nas crianças que nascem sem saber  como, quando e porque foram geradas. São frutos apenas de um prazer momentâneo? Frutos do embalo da música? Isso não pode acontecer! Não precisamos disso! Não precisamos nos sujeitarmos a isso! Para sermos felizes só precisamos de amor : amor pelo nosso corpo, pela nossa beleza, amor pelo próximo e  sim, pela nossa sexualidade!  O beijo é igual ferro elétrico, liga em cima e esquenta embaixo. O trio elétrico é uma força poderosa, um palco capaz de contagiar uma multidão através de músicas que dali são conduzidas. Tudo favorece: música, álcool, animação, resultando no sexo sem compromisso, cada dia com um. Assim caminha a sociedade que deveria ser regida pelo livre-arbítrio.  Na verdade, o carnaval é a grande explosão, mas ao longo do ano já acontecem as baladas. O desafio é cultivar e manter a beleza que é a liberdade.  A sociedade será mais feliz quando descobrir a verdadeira alegria e a verdadeira  alegria está em Deus!  Você é livre para escolher, pois a liberdade é o poder de agir ou não agir. A liberdade alcança a perfeição do seu ato quando está ordenada para Deus. Deus nos fez livre para agir.Deus nos deu o livre-arbítrio! Está em suas mãos o destino: ser ‘pego’ ou livre? Eu já fiz a minha escolha, sou livre para amar!
Cleto e Carla (Canção Nova )

COMO OS SANTOS VIVIAM O CARNAVAL

É possível encontrar-se com Jesus nestes dias


 Essa pergunta desperta uma certa curiosidade. A maior festa popular do país está se aproximando, fiquei muito surpreso ao ler na obra: Meditações para todos os dias do ano, tiradas das obras ascéticas de Santo Afonso Maria de Ligório, do padre Thiago Maria Cristini, reflexões sobre este doutor da Igreja a respeito dessa festividade. Apresento essa reflexão para nos ajudar a santificar este tempo, que, infelizmente, tem sido de incentivo ao pecado por parte da mídia em geral.
“Guarde a fé ao teu amigo na sua pobreza, para que também te alegres com ele nas suas riquezas” (Eclo 22,28).
A partir deste versículo, Santo Afonso nos ensina que, por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no tempo da sua pobreza, podemos entender Jesus Cristo, que especialmente nestes dias de folia é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria.
Se um só pecado, como dizem as Sagradas Escrituras, já desonra a Deus, causando-Lhe injúria e desprezo, imagine quanto o Divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de todas as espécies, por pessoas de todas as condições, e quiçá por pessoas que são consagradas a Ele. Jesus Cristo não é mais susceptível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, haveria de morrer nestes dias desgraçados e haveria de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que Lhe são feitas. Da mesma forma, é por isso que os santos, a fim de fazerem um ato de desagravo ao Senhor pelos tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de Carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado.
Nesse tempo carnavalesco, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o Sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Neri convocava o povo para visitar com ele os santuários e praticar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas ficavam um pouco mais relaxadas nos dias de folia, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente. 
Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o tempo de Carnaval da melhor forma possível. Meu irmão, se você ama também este Redentor amabilíssimo, imite os santos. Se não pode fazer mais, procure ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus Sacramentado, ou bem recolhido em sua casa, aos pés Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que são feitas a Ele.
Continuando a reflexão, Santo Afonso afirma que para nos alegrarmos com ele nas suas riquezas, o meio para adquirirmos um tesouro imenso de méritos e obtermos do céu as graças mais assinaladas é sendo fiéis a Jesus Cristo em Sua pobreza e fazermos companhia a Ele neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Oh, como Jesus agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias carnavalescos são oferecidos a Ele pelas almas prediletas d'Ele!
Conta-se que, na vida de Santa Gertrudes, certa vez ela viu num êxtase o Divino Redentor que ordenava ao Apóstolo São João escrevesse com letras de ouro os atos de virtude feitos por ela nesse período [Carnaval], a fim de a recompensar com graças especialíssimas. Foi exatamente neste mesmo tempo, enquanto Santa Catarina de Sena estava orando e chorando os pecados que se cometiam na "quinta-feira gorda", que o Senhor a declarou sua esposa, em recompensa (como disse) dos obséquios praticados por ela nesse tempo de tantas ofensas.
Por fim, Santo Afonso nos convida a rezar da seguinte forma: Amabilíssimo Jesus, não é tanto para receber os vossos favores como para fazer coisa agradável ao vosso divino Coração, que quero nestes dias unir-me às almas que Vos amam, para Vos desagravar da ingratidão dos homens para convosco, ingratidão essa que foi também a minha, cada vez que pequei. Em compensação de cada ofensa que recebeis, quero oferecer-Vos todos os atos de virtude, todas as boas obras, que fizeram ou ainda farão todos os justos, que fez Maria Santíssima, que fizestes Vós mesmo, quando estáveis nesta terra. Entendo renovar esta minha intenção todas as vezes que nestes dias disser: Meu Jesus, misericórdia. – Ó grande Mãe de Deus e minha Mãe Maria, apresentai vós este humilde ato de desagravo a vosso Divino Filho, e por amor de seu sacratíssimo Coração obtende para a Igreja sacerdotes zelosos, que convertam grande número de pecadores.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

COMO SER AUTÊNTICO ?

Nós temos sede de ser autênticos, e mesmo quando não conseguimos sê-lo, continuamos com o desejo de alcançar essa virtude. No entanto, com as nossas forças nem sempre ou quase nunca conseguimos.
Mas, graças a Deus, podemos e devemos contar com a força do Espírito Santo de Deus, que nos conhece e restaura em nós a nossa verdadeira identidade.
Invoquemos a ação do Paráclito sobre nós para que, em todos os momentos, vivamos nossa vida com originalidade e verdade.
Rezemos: Ó vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai, e enchei os nossos corações com vossos dons celestiais. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

CADA INSTANTE DA NOSSA VIDA É PRECIOSO

Há momentos na vida em que passamos por fases que nem nós mesmos somos capazes de explicar o que sentimos e o que está se passando em nosso interior. Em todas essas ocasiões, precisamos ter esperança e paciência com nós mesmos, porque todas as experiências da nossa vida são preciosas, mesmo quando não as entendemos. Nelas crescemos humana e espiritualmente.
O maravilhoso é saber que, em todos os momentos, Jesus está conosco e ao nosso inteiro dispor. Podemos depositar nas mãos do Senhor as nossas alegrias, dores, lutas, necessidades, anseios e desejos mais profundos, porque “em suas mãos tudo se afirma e tudo cresce” (I Cr 29,12) no tempo certo.
Jesus, ensina-nos a viver bem cada instante da nossa vida para que sejamos cada dia mais santos.
Obrigada, Senhor!
Jesus, eu confio em Vós!

O AUXÍLIO A NOSSA FRAQUEZA



"O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus" (Rm 8,26-27).

Na intercessão, o Espírito Santo vem em nosso auxílio porque não sabemos o que devemos pedir, nem sabemos orar como convém. Não sabemos como rezar pelas pessoas e, muitas vezes, nos encontramos em situações complicadas quando estamos angustiados. Nesses momentos, o Paráclito vem em nosso auxílio e ora com gemidos inefáveis.

Ele, que conhece todas as coisas, sabe orar como convém. Ele sabe orar por seu filho, por sua filha, por seu marido, por sua esposa, pelos problemas de sua casa. Ele ora em você: você entrega a Ele seus lábios, sua voz, seu corpo inteiro como um instrumento. Você se coloca nas mãos d'Ele e Ele é quem faz a oração – usa sua voz, seus lábios e ora de acordo com sua verdadeira necessidade.

Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

EU ME DECIDO POR TI, SENHOR !



"Não vos enganeis, meus irmãos muito amados" (Tg 1,16).
O inimigo de Deus sabe que tudo está em nossa vontade, somos nós quem decidimos. Por isso decidiu minar nossa vontade e anular nossa capacidade de decisão. Muitos acabaram “indo na onda” dos outros e se afundaram.
Peça ao Senhor que fortaleça sua vontade. Abra o coração para que o Divino Espírito Santo lhe revele as concupiscências que pesam sobre você e faça esta oração:
Eu me decido por Ti, Senhor: pelos Teus caminhos e pelas Tuas leis. Eu me decido a não deixar que a concupiscência seja fecundada em mim. Dá-me, portanto, Senhor, força de vontade. Dá-me decisão.
Eu me decido a não pecar. Mesmo que eu sinta a força da concupiscência em mim, querendo me arrastar, eu não vou ceder.
Eu sou terra boa e não posso produzir maus frutos. Não posso produzir pecado em minha vida. Só as sementes de Deus podem florescer em mim.
Senhor Jesus, estou declarando: hoje Te dou a vitória. Sei que cedi à tentação muitas vezes, por isso, minha vontade se enfraqueceu. Peço: fortalece minha vontade. Dá-me a graça de não pecar.
Senhor, eu me decido por Ti!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ORAÇÃO NOSSA SENHORA DA PAZ


 Querida Mãe, Rainha da Paz, hoje senti um desejo muito grande de estar perto de ti, de falar, de receber o teu amor, o teu carinho tão maternal.
Sabe Mãe querida, na nossa vida nem tudo é pleno e perfeito. É preciso minha memória tantas recordações de fatos que me marcaram, pessoas que me magoaram e tudo isso pesa no meu coração tirando-me a paz.
Eu peço a tua intercessão ó doce Mãe e tão querida Amiga. Ajuda-me a afastar para longe todas essas lembranças.
Sei que sendo Rainha da Paz o que mais desejas é a Suprema Paz, que é Jesus. Estejas pois, com cada um de nós.
Dá-me a Tua Paz, Ó Mãe, e que esta Paz se derrame sobre todos os teus filhos. Que a Tua Paz Permaneça conosco e que nada nos separe dela. Roga por nós e estende teu manto sobre o Brasil e sobre todos os Brasileiros. Amém.